Nos dias 27 e 28 de Outubro deste ano, entre os horários de 08:30 as 18:30, foi realizada a XVII Mostra Espírita organizada pela Federação Espírita Pernambucana em homenagem à uma obra de valor inigualável: A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo.
Um evento deste porte é sempre digno de ser lembrado e comentado. E é isto o que desejo fazer aqui. Louvar pois o movimento espírita pernambucano, embora esteja dando mostras de tentar de se organizar melhor, ainda sofre com a falta de eventos que promovam e proponham projetos e objetivos que viabilizem e fortaleçam o Espiritismo em nossas terras. Não em questão de quantidade, que decerto se ampliaria. Mas em questão de qualidade, com Espíritas [com 'e' maiúsculo mesmo] mais conscientes, mais moralizados, mais ativos, mais pensantes.
Pois, certa vez, organizando uma palestra sobre a juventude e o trabalho espírita, lembro que em um dos muitos artigos que li [desculpem-me a falha da memória...] havia um comentário sobre como um movimento 'religioso' [ou doutrinário, filosófico, para os mais 'invocados'...] que muitas vezes, entre efetivos e temporários, conta, somente em nosso estado, num palpite, com algo em torno de 18 mil trabalhadores consegue obter resultados ainda tão pífios, embora sejamos, senão os primeiros, pelo menos entre os primeiros grupos religiosos-filosóficos-doutrinário-filantropos, que mais se dediquem à causa voluntária. Embora a boa vontade da imensa maioria dos trabalhadores, ainda há uma expressiva ausência de conhecimentos específicos sobre o que se faz, e... enfim, para não fugir do assunto, embora tudo o que tentei ressaltar acima, eventos que reunam adeptos para estudo, que aprofundem cada um dos ramos fecundos da Doutrina Espírita, ainda são meio escassos em nosso território.
Pequenos eventos, em localidades diversas existem, mas congressos, fóruns de debates onde todos debatam mesmo, onde haja a formentação, ainda são poucos.
Entretanto, retornando à Mostra Espírita, fiquei muito feliz por ter participado, principalmente por ser a primeira vez a que me dava ao 'luxo' de tal tentame. O tema deste evento foi o que mais me entusiasmou. A Gênese!
Que raciocínios, propostas, reflexões, e debates não se podem obter analisando esta obra? Desde uma melhor orgaização e fundamentação sobre a teoria que vai 'do átomo ao arcanjo' [q. 540 do LE*], até as criações fluídicas, as idas e vindas de espíritos, em todos os tempos, como lei natural, desmistificando uma onda 'modísitca' sobre certas crianças, uma melhor abordagem sobre o que de fato seja a revelação espírita e como ela se dá, enfim, são inúmeras as reflexões e propostas que podemos retirar de um estudo sobre esta obra. E nem se fale no papel da ciência neste quesito! Kardec também fez o favor de analisar este assunto.
Entretanto, verdade seja dita, embora tudo o que ressaltei sobre o evento, sobre aquilo que formentava as idéias em minha cabeça, grande também foi minha surpresa ao ver que aquilo que eu esperava não aconteceu.
Objetividade! Foi uma palavra que faltou para alguns palestrantes. Não que sejam ruins, que não saibam apresentar o assunto, ou qualquer outra idéia que passe na sua cabeça, caro leitor, não foi nada disso. E minha intenção não é denegrir nem os expositores nem o evento, que, REPITO, me deixou feliz, embora que com gosto de quero mais, por faltar o assunto principal em certos momentos. Mas....bem....retomando o assunto, a objetividade foi algo que em alguns momentos faltou e o que poderia ser melhor analisado, melhor apresentado, novas idéias, novas reflexões, um trecho escondido que nos abra a cabeça para uma outra ordem de assuntos, paralelos com as pesquisas da Ciência de nosso tempo sobre o mesmo assunto...Enfim, algo que sabemos que vai sendo corrigido com o tempo.
Embora que, como citei mais acima, às vezes, este retorno às bases, com uma melhor capacitação do trabalhador espírita, com a formentação de grupos de estudos nos diversos centros, grupos de ESDE, ESTEM, EADE, ou qualquer outro grupo que estude a Doutrina dos Espíritos tendo como base do edifício a CODIFICAÇÃO [ não apenas o pentateuco, que desculpem alguns, êta palavra infeliz, pois nos faz ter a falsa idéia de que a Revista Espírita, o livro O Que é o Espiritismo e todas as outras obras escritas por Kardec são secundárias, sem muita importância, o que diga-se de passagem é justamente o contrário....qualquer dúvida, atente-se para o item 35 de O Livro dos Médiuns.], enfim, que desta forma, isto facilitaria uma melhor organização dos expositores sobre a profundidade do tema que irá abordar. Ou seja, sobre se vai ao âmago da questão e traz à tona pensamentos mais complexos, ou se só come pelas beiradas. Eu fiquei com a sensação de que foi assim que eles se sentiram...
Para resumir e encerrar esta resenha sobre o evento, já que falei sobre um monte de coisas, cutuquei onça com vara curta, já que tem gente que não irá gostar do que escrevi, o que não posso fazer nada, pois é apenas minha opinião, sincera, franca, de quem deseja que esta árvore frutifique mais e mais, o evento, embora esta falta de objetividade de alguns, foi bom; principalmente para uma primeira análise de minha parte que não tenho parâmetros para comparar com outros anos, com outros expositores, com outros assuntos....
Para quem não pôde, ou não quis ir, um conselho: não perca o próximo! Você perdeu uma ótima chance de sair de lá com um algo mais dentro de si, pois se não saiu [como eu] satisfeito plenamente com a abordagem do tema feita pelos expositores, ao menos sairia tocado fundamente na alma com as últimas palavras de Ana Guimarães, umas das participantes....
Bons estudos [reitero a dica do item 35] e boas reflexões!
Nota importante: mesmo com um surto de falta de tempo, tentarei programar a publicação de alguns artigos sobre assuntos como Perispírito, Magnetismo e Passes, Sonambulismo, entre outros assuntos. Que Deus me abençoe e os bons espíritos me inspirem a escrever nem que seja desdobrado!
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