Na
Revista Espírita de 1860, conforme consta no boletim do mês de Junho, Allan
Kardec faz uma proposta à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas: “Como
assunto de estudo, o exame aprofundado e
detalhado de certos ditados espontâneos, ou outros, que poderiam ser
analisados e comentados como se faz com as críticas literárias”. A partir deste
momento, não só os membros da SPEE, mas, todos aqueles que aderiam à proposta
espiritista foram convocados a repetir em seus grupos o mesmo modelo aplicado
pelo Codificador, pois, como ele mesmo relata em A Gênese, capítulo I, a
Doutrina dos Espíritos, para cumprir a vontade do criador “não poderia surgir
senão da coletividade dos trabalhos controlados uns pelos outros”.
Foi esta a proposta adotada para organização do seminário que ocorreu no dia 16
de fevereiro. A de realizar uma reflexão em conjunto sobre uma das mais importantes
propostas doutrinárias feitas por Kardec e que o movimento espírita
contemporâneo, notadamente o brasileiro, fez questão de ignorar. Ou, o que é
pior, nunca tomou conhecimento dela por só poder conhecer as Revistas Espíritas
em 2006, quando, próximos do sesquicentenário de O Livro dos Espíritos, a
Federação Espírita Brasileira achou por bem realizar uma tradução dela, em
conjunto com uma nova e melhor tradução das obras espíritas publicadas por
Kardec.
O evento ocorreu no Centro Espírita Paulo de Tarso, que fica localizado na Rua
Alexandre Selva, nº 102, no bairro de Afogados, em Recife. Começou às 09h e
terminou ao meio dia. A quantidade de pessoas que participaram do evento estava
em torno de trinta e cinco. Foi uma manhã de estudos muito proveitosa e
completamente amparada pelas obras espíritas que compõem toda formação
doutrinária espírita: a codificada por Allan Kardec. Agradecemos a todos que
puderam participar deste maravilhoso momento e à diretoria do Paulo de Tarso
que teve a coragem de aceitar a proposta de um seminário que teve por objetivo
dar o necessário fundamento teórico-doutrinário para que possam realizar
análises críticas de toda e qualquer obra, mediúnica ou não, que venha
intitulada como espírita.
O expositor foi Anderson Santiago da Silva, estudante de Psicologia e
trabalhador do Centro Espírita Paz, Luz e Harmonia que fica localizado no
bairro do Barro, à Rua André de Albuquerque, nº 384.
Abaixo,
algumas imagens do evento:
Essa orientação é a que os espíritas menos seguem.
ResponderExcluirAqui tem uma análise de um livro pseudo espírita.
http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2014/04/homossexualismo-e-farsa-dos-livros-que.html
Ótima iniciativa Anderson! Estou fazendo um artigo neste mesmo tema, vou usar sua dica e mencionar as diretrizes da RE de 1860. Obrigado e abraços!
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